quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ouro de Tolo


Seu Teobaldo
Inimigo do rei
Anti-herói
Já morou na Bahia, Minas, São Paulo, Brasília e Goiás
É fazedor da história
Diz que não é envagélico, não é cristão, nem ateu, que é à toa
À toa é que não é
Pois já praticou yoga
E até box ele já lutou
E além de box, já lutou na vida
É, sem dúvida, um lutador

Já fugiu da polícia
Já não conseguiu fugir da polícia e foi preso
Já morou no mar
E nunca aprendeu a tocar violão
Raul já se inspirou nele
É roqueiro, já foi cabeludo
Gosta de metal, música clássica, de Roberto e adora o Chico
Já conheceu as duas faces da moeda
Já fez greve
E tava no dia que construíram a Serra Pelada
Ajudou a vestir a Serra
Sabe falar da Colômbia, do Japão e Iêmen
Sabe as contradições da vida
É contradição da vida

Não se arrepende do que fez,
Mas do que deixou de fazer (não deixa de repensar)
Só faz o que gosta de fazer
Sabe consultar a história
Sabe a fórmula mágica das coisas
Sabe ver na história o presente
E no presente o futuro
Nem sei se gosta de astrologia, mas é canceriano

Pergunta-se se é bom da cabeça
Se pergunta se é pessoa certa no país errado
Ou pessoa errada no país certo
É pessoa certa no país certo
Morador do assentamento Colônia I
Conquistou com luta
Acampou, conquistou, ia seguir em frente
Resolveu ficar
Por algum motivo deve ter ficado
Pra fazer história
Pra conta essa história

Ele não gosta de pacote feito, não
Já defendeu o INCRA,
Mas agora esse tal de INCRA pra ele é pura enganação
Reforma agrária é enganação,
Pois tem terra, mas não tem semente

Seu Teobaldo achou que falou pouco da Reforma Agrária pra mim,
Mas acredito que falamos do mais importante
De como ela se deu pra ele, como aconteceu
Como o grupo não funciona pra ele
Como sem semente fica mais difícil de plantar
Como faz 15 anos que o Colônia virou assentamento
 E não tem água, nem luz
E tem que pagar um dia por essa terra
Mas como diz o Seu Teobaldo
Mesmo que a frase não seja dele, mas é ele quem diz
Conseguem mentir pra poucos por muito tempo,
Mas só conseguem mentir pra muitos por pouco tempo.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Experimentos culinários - parte II


Voltei!
Fim de semestre chegando, inspiração não falta. Só dá vontade de ficar em casa vendo filmes. Hoje assisti "O Paciente Inglês".
E também saiu uma receitinha nova. Uma beringela recheada com um purê/pirê diferente. ( O que agora ao escrever me fez lembrar que no México o purê também é diferente, nem lembro o que tem, além de muuchissimo chilli).

E aí vai o que precisa: (isso deu uma porção para quatro pessoas, meia beringela para cada).
Pimentões (1 amarelo, 1 vermelho e 1 verde)
2 Tomates (picadinhos e sem semente)
1 Cebola
3 dentes de alho
4 batatas médias
2 beringelas grandes
E algum queijo só para colocar em cima (hoje usei queijo minas).
Temperinhos e sal a gosto. Hoje usei alecrim, manjericão e orégano.

Agora, muy fácil! Primeiro picar tudo pequenino (cebola, tomate, pimentões). Amassar o alho com sal. Botar a batata para cozinhar e a beringela também.

A beringela corta metade no cumprido. Deixa cozinhar para amolecer e depois tire a parte do meio. Aí é só colocar ela em uma bandeija com azeite já em baixo e esperar o recheio ficar pronto.

O Recheio, o purê diferente. É só refogar tudinho na panela, primeiro cebola, depois alho, depois tomates e pimentões. Temperar a vontade. Quando a batata ficar pronta é só amassar e colocar junto, acrescentando um pouco de margarina e leite.

Depois é só colocar o recheio em cima da berigenla, um pouco de queijo em cima e botar pra gratinar. Ficou maravilhoso!
Y buen apetite, bom apetite, bon apettit, buon apettito!
Hasta luego.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Experimentos culinários - parte I


E agora já é outubro faz tanto tempo que não venho por aqui. Mas enfim, dizem que as virginianas e virginianos buscam alguma forma diferente para se expressar e esses dias a minha inspiração está a mil e advinha aonde? na cozinha... isso! quem diria! Tive que voltar aqui pra contar.

Adoro esse finalzinho do ano, setembro em que é meu aniversário e sempre me sinto muito bem e ainda por cima chega a chuva, linda! E extravasando todo esse sentimento bom veio uma vontade de cozinhar. Tudo começou quando fiquei viciada em sushi e agora não consigo me contentar mais com arroz, feijão e carne. Nas ultimas semanas fiz vários pratos, mas hoje resolvi postar pois foi uma criação minha uhu!

Hoje ao invés de ler O Contrato Social de Rousseau resolvi fazer um Escondidinho de vegetais com abóbora.

Me apropriando do famoso escondidinho de carne moída fiz um escondidinho de "tudoquetinhaaquiemcasa" vegetariano. E aí vai a receita.

- Meia abóbora
- Beringela
- Pimentão (de preferência amarelo e vermelho que são mais gostosos)
- Cebola
- Alho picado
- Tomate (hoje usei tomate cereja pq era oq tinha, mas o italiano é bom e sem semente tb fica melhor)
- Queijo muçarela
- Temperos: caldo de legumes, pimenta do reino, alecrim e manjericão

Modo de preparo? Muy fácil!
Refoga tudo no azeite e um pouquinho de margarina, tudo que eu digo a beringela, tomate, cebola e pimentão, abobrinha também ficaria mara, mas eu não tinha. Já tempera a gosto, se for colocar caldo de legumes nem precisa colocar sal pq já tem.
Depois faça um purê de abóbora, é só cozinhar depois passar na margarina e um pouquinho de leite.
Agora é só montar o escondidinho, uma camada de purê, uma do refogado e uma do purê de novo, agora o queijo por cima, os temperinhos e azeite em cima. Também coloquei um vinhozinho que tinha aqui pra dar um toque.

Entonces, esto! que tengan un buen día!
bon appetit

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

VOAR

Como eu gosto de Voar, de pensar em voar... agora tô tomando um tempo pra voar. E pra citar um samba: "Preciso me encontrar - Candeia".


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!



Dona Maria

Família cristã/católica, eu não, mas quem se importa? daqui até na China tão comemorando o Natal. Mas pra mim ele não significa nada mais que Casa da Vó, até hoje foi assim. Dia do Natal é sempre dia de chuva em Brasília, mas hoje nem sei que horas vamos conseguir chegar na casa da minha Vó. Minha Vó deve ter se esquecido hoje de colocar a chícara de café pra Santa Clara.

E a memória de quando eu era criança tá sempre guardada, dia de se arrumar cedo, ir pra Casa da Vó, comer rabanada, comida de todas a tias, as melhores, correr de um lado pro outro, amigo oculto, presentes. Quem não gosta de ganhar presentes?! Minha família sempre se reúne em dias comuns, mas o Natal tem sim um arzinho especial.

Mas só sei que quando eu não passar o Natal na Casa da Vó, não sei se vai ser. Aliás, no Natal eu sempre vou estar lá, como hoje em que alguns não podem ir, os viajantes, que se vão, se foram e estão por aí, mas tão mesmo com a gente.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Seu Luiz... e o dia nacional do Forró!




Ai, seu Luiz... Pra mim, escutar esse senhor, é como escutar meu avô, como eu queria ser neta dessa figura, ficar escutando seus contos e causos. E também perto o meu pai, impossível escutar o meu pai contando, cantando e não lembrar do seu Luiz, "meu cigarro de palha, meu cavalo ligeiro, minha rede de malha..." é a cara do pai, quem já viu sabe.

Minha vida também, ele faz parte, desde criança, escutando discos de vinil de música brasileira em que esse senhor era o protagonista, das tardes dançantes na minha casa, das histórias que ouvi. Minha família é de retirantes nordestinos que vieram a Brasília por uma vida melhor e cá estamos. Eu não, eu já nasci aqui, mas o que escuto, o que aprendi a gostar, meu sotaque que não escapa de quando em vez, é nordestino.

E a partir daí minha irmã mais velha e eu também começamos a gostar de ir aos famosos forrós de Brasília, o Faiscada, Casa de Reboco, e fui conhecendo também outros forrós e me impressionando como essa música encantava uma grande quantidade de pessoas, não só Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Dominguinhos que são mais conhecidos, mas muitos outros como Azulão, Ary Lobo e outros.

Parando de falar da minha relação íntima com essa música e indo ao ponto. Segunda-feira dia 13 de dezembro, dia do nascimento do seu Luiz, mas em 1912, se eu não me engano, é agora o dia nacional do Forró em homenagem a esse grande homem, cantor, compositor e bom vivã (inspirador também de minhas viagens por aí... "minha vida é andar por este país pra vê se um dia descanso feliz..."). Então, esse post é dedicado a ele e ao Forró, à música brasileira!!!

Esse também como Cartola é atemporal, não tem velho nem novo... viva não só a ele, mas a todos os grandes mestres do Forró e a quem está dando continuidade.

E sem contar que em Brasília, esse domingo 19/12, vai ter uma grande festa em homenagem ao Gonzagão, Rei do Baião.

Elza Soares no show Elza respeita Januários, cantando Luiz Gonzaga. E mais atrações daqui de Brasília de grande valor: Pé de Cerrado, Lorota Boa, Toró de Palpite e os dj's Pezão e Chico Gorman (uns dos top se tratando de forró). E é FREE, O8OO, GRÁTIS! Em frente ao Museu, daquele jeitinho brasiliense de ser, domingão às 16h.

Axé!!!!!!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Pra começar a Sambar...

Eu nem sou Mangueira, mas é impossível não falar do ilustre Cartola, um dos maiores sambistas do Brasil, nascido no Rio de Janeiro em 1908, no bairro do Catete e depois morador do morro da Mangueira, berço de grandes artistas e de uma das melhores escolas de samba do país, Cartola só é Cartola também porque morou no morro da Mangueira, não tenho dúvidas.

Ele é um dos caras que mais me inspira. Já me falaram que gosto de "música velha", não consegui nem entender, samba assim não tem tempo não, se existe velho e novo, é novo sempre, quem fala de amor não fica velho não. E ninguém fala de amor como o Cartola. Dona Zica é uma ídola.

As minhas preferidas são "Alvorada", "Minha", "Senhora Tentação" e "Acontece", assim na cabeça, mas todas são demais, colocar o som e ficar ouvindo, antes de dormir, fumando um cigarro é muita elegância.

Comecei com ele, pela inspiração que me deu para o nome do meu blog, e porque gosto, demais.

Pra quem quiser escutar: Sala de Recepção - Cartola